quarta-feira, 23 de abril de 2014
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Vaca de Divinas Tetas
Tristeza!
Nome feio este que te deram... Nome que se repete em bocas profanas e santas.
As vezes dizem tanto teu nome que te atraí. Não..Eu não.
Quero-te longe de mim!
Saia já de meus pensamentos com este seu manto negro e gelado.
Tristeza... Quem te chamou?
Não cabes aqui. Nem neste mundo meu, nem dos outros.
Você é tão egoísta que arrasa e diluí os sorrisos e as boas sensações. Fica ali a espiar, como uma atriz na coxia esperando seu momento para entrada triunfal.
Sórdida!
Fora daqui. Fora de mim.
Do mundo todo.
Não és bem vinda, não percebes?
Não foi um prazer conhecê-la, nem mesmo quando me ensinaste qualquer coisa.
Adeus Tristeza.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
VerdARTE.
Porque o ser humano complica tanto suas relações? Claro, já sabemos, os homens apenas se suportam neste mundo de poucas verdades.
Mas será mesmo necessário superficializar tanto as relações?
Onde está a humanidade?
O real instinto animal de proteger a espécie é cada vez mais utópico?
Ouço agora uma música tão singela e bela que reforça minha crença no humano.
Não deixo de acreditar nas pessoas!
Elomar canta as dores e a simplicidade do homem do sertão.
Ele canta os amores singelos e as secas avassaladoras. Canta e traduz uma realidade que muitos desconhecem, outros fingem não ver, e eu?
Sinto a verdade que ainda existe em algum canto deste mundo louco.
Quando a verdade é dita com Arte. Através da arte. Desce sem cortar a garganta. Fato!
Portanto, neste momento, minhas dores sem sentido, dores de uma alma poética e sonhadora, são minúsculas diante do sofrimento do mundo.
Justo e humano?
Talvez...
- Adiamento
Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não...
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico...
Esta espécie de alma...
Só depois de amanhã...
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-rne para pensar amanhã no dia seguinte...
Ele é que é decisivo.
Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...
Amanhã é o dia dos planos.
Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o mundo;
Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...
Tenho vontade de chorar,
Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...
Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.
Só depois de amanhã...
Quando era criança o circo de domingo divertia-rne toda a semana.
Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância...
Depois de amanhã serei outro,
A minha vida triunfar-se-á,
Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático
Serão convocadas por um edital...
Mas por um edital de amanhã...
Hoje quero dormir, redigirei amanhã...
Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância?
Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,
Que depois de amanhã é que está bem o espetáculo...
Antes, não...
Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei. Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.
Só depois de amanhã...
Tenho sono como o frio de um cão vadio.
Tenho muito sono.
Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...
Sim, talvez só depois de amanhã...
O porvir...
Sim, o porvir...
- Álvaro de Campos
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Espelho
Janelas temporais. Um breve vazio.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Velhos planos, antigas sensações.
Acordei de novo com aquela velha vontade de colocar uma mochila nas costas, pegar uma máquina fotográfica e uma boa música nos meus ouvidos e pegar uma estrada sem rumo.